Na noite desta quinta-feira (5), a Seleção Brasileira iniciou um novo ciclo sob o comando do técnico Carlo Ancelotti, mas deixou a desejar. Em sua estreia à frente da equipe, o multicampeão italiano não conseguiu empolgar a torcida: o Brasil empatou por 0 a 0 com o Equador, em Guayaquil, pela 14ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.
O jogo no Estádio Monumental foi marcado por um futebol morno, com poucas emoções e escassas finalizações perigosas. Durante os 90 minutos, o Brasil chutou ao gol adversário apenas duas vezes e pouco ameaçou a meta defendida por Gonzalo.
Com o resultado, a Seleção chegou aos 22 pontos e manteve a quarta colocação na tabela. Apesar disso, a equipe ainda pode ser ultrapassada pela Colômbia, que enfrenta o Peru nesta sexta-feira. O Equador, por sua vez, chegou aos 24 pontos e segue na vice-liderança, atrás apenas da Argentina.
Italiano no comando: o início da era Ancelotti
Vestido de terno e gravata, em seu estilo habitual, Carlo Ancelotti fez sua estreia como técnico da Seleção Brasileira. Ele se tornou o quarto estrangeiro a comandar o time canarinho em toda a história. Durante os 90 minutos, o treinador foi bastante expressivo à beira do campo, gesticulando muito e mascando chicletes incessantemente. No último lance da partida, Ancelotti se irritou com o árbitro por encerrar o jogo durante um ataque promissor do Brasil.
Apesar da expectativa gerada em torno de sua chegada, o primeiro teste não entregou o desempenho esperado. O novo comandante terá agora o desafio de dar identidade ao time, que demonstrou dificuldade na criação de jogadas e pouca efetividade ofensiva.
Primeiro tempo sem emoção e com poucas chances
A primeira etapa da partida foi marcada pela baixa intensidade e escassas oportunidades de gol. O Equador começou com maior posse de bola e presença ofensiva, mas sem ameaçar com contundência. O Brasil, por sua vez, teve suas melhores chances em jogadas pontuais.
Aos 21 minutos, Estevão recuperou a bola, acionou Richarlison, que tocou para Gerson. O meia, em vez de finalizar, preferiu servir Vini Jr., que finalizou prensado. Já aos 30, após erro da zaga equatoriana, Vanderson teve a chance livre na área, mas preferiu o domínio ao chute e perdeu o lance.
A resposta do time da casa veio aos 37 minutos, com chute de fora da área de Yeboah, que obrigou Alisson a fazer defesa em dois tempos. Fora isso, o primeiro tempo terminou sem grandes emoções.
Segundo tempo segue roteiro da frustração
Na volta do intervalo, o panorama do jogo pouco se alterou. O Brasil manteve a mesma formação e estratégia: explorar as jogadas de velocidade pelos lados com Vini Jr. e Estevão. No entanto, o time seguiu previsível e sem efetividade.
A melhor jogada da equipe brasileira aconteceu aos 30 minutos, quando Vini Jr. trouxe a bola para o centro, Gerson fez o corta-luz e Casemiro bateu firme da entrada da área, obrigando o goleiro Gonzalo a fazer uma boa defesa.
O Equador respondeu na sequência com chute cruzado de Estupiñán. Nos minutos finais, os donos da casa empurraram o Brasil para o campo de defesa, mas também encontraram dificuldades na criação. A partida terminou como começou: sem gols e sem brilho.
Uma pausa para arrumar a bandeirinha
Um momento curioso aconteceu no início do segundo tempo. O jogo precisou ser interrompido por quase quatro minutos devido a um problema com uma das bandeirinhas de escanteio. O mastro que sustentava a bandeira caiu, e a organização local teve dificuldades para consertá-lo. A solução veio de forma inusitada: o zagueiro Alex, da Seleção, foi chamado para resolver o problema com as próprias mãos.
Brasil precisa evoluir com urgência
Embora ainda esteja em posição relativamente confortável na tabela, o Brasil precisa ligar o sinal de alerta. A atuação desta terça-feira expôs fragilidades na construção ofensiva e na tomada de decisão. O estilo de jogo de Ancelotti ainda não pôde ser avaliado com clareza, mas a ausência de repertório tático chama a atenção.
Além disso, jogadores importantes como Richarlison, Gerson e Vanderson tiveram participações discretas, enquanto Vini Jr. e Estevão tentaram individualmente, mas sem sucesso. Ancelotti terá poucos dias para corrigir os erros antes do próximo desafio.
Próximo compromisso será em casa
O Brasil volta a campo na próxima terça-feira, dia 10 de junho, quando recebe o Paraguai na Neo Química Arena, em São Paulo, às 21h30 (horário de Brasília). A expectativa é de que, diante de sua torcida, a Seleção consiga mostrar um desempenho mais consistente e empolgante.
Já o Equador viaja até Lima, onde enfrenta o Peru às 22h30 do mesmo dia, buscando manter-se entre os primeiros colocados da tabela.
Mín. 15° Máx. 29°