A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) negou oficialmente, nesta terça-feira (29), que a seleção brasileira adotará uma camisa vermelha como segundo uniforme na Copa do Mundo de 2026. O esclarecimento foi feito após a circulação de rumores nas redes sociais, alimentados por uma publicação do site inglês Footy Headlines, que afirmava que o novo design estaria pronto para ser usado no próximo Mundial.
“Os uniformes para a Copa do Mundo de 2026 só serão apresentados em junho de 2026. Até o momento, nenhum uniforme foi aprovado pela CBF”, informou a entidade em nota à imprensa, refutando qualquer decisão já tomada sobre o novo fardamento da seleção.
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Boato ganhou força nas redes sociais
A notícia de que a seleção brasileira adotaria um segundo uniforme vermelho repercutiu com força nas redes sociais na segunda-feira (28), dividindo opiniões. Enquanto alguns torcedores elogiaram a suposta inovação, outros demonstraram preocupação com o afastamento das tradicionais cores amarelo, azul e verde, que historicamente compõem a identidade visual da equipe canarinho.
O portal Footy Headlines, conhecido por divulgar antecipadamente modelos de uniformes de clubes e seleções ao redor do mundo, foi o responsável pela publicação original da informação. Apesar do histórico de acertos do site, neste caso a CBF foi categórica ao desmentir a previsão.
CBF já adotou outras cores, mas em contextos especiais
Embora o uniforme principal da seleção seja tradicionalmente amarelo, com o azul sendo a cor predominante da camisa reserva, a CBF já utilizou outras cores em ocasiões especiais. Um exemplo recente ocorreu em 2023, quando os jogadores da seleção vestiram um uniforme preto durante uma partida.
Na época, a ação teve um forte simbolismo: foi uma campanha da CBF no combate ao racismo, em especial em apoio ao atacante Vinicius Jr., que vinha sendo alvo de ofensas racistas na Europa. A iniciativa foi amplamente divulgada e elogiada, mas, segundo a própria entidade, tratava-se de um uniforme especial, fora do padrão tradicional.
Mudanças precisam seguir regras estatutárias
A Confederação lembrou ainda que qualquer mudança nas cores oficiais precisa seguir regras internas. O estatuto da CBF, em seu artigo 13, inciso III, determina que os uniformes devem respeitar as cores da bandeira da entidade — que inclui amarelo, verde, azul e branco — e conter o emblema oficial.
O documento permite variações de acordo com exigências climáticas ou em modelos comemorativos, desde que aprovados pela Diretoria da confederação. Isso significa que cores como o preto ou, hipoteticamente, o vermelho, só podem ser usadas com autorização especial e fora do escopo regular.
A entidade reforçou que, até o momento, nenhum uniforme para a Copa do Mundo de 2026 foi aprovado e que o lançamento oficial das camisas ocorrerá apenas em junho do próximo ano.
Tradição versus inovação: o debate entre torcedores
Mesmo após o esclarecimento da CBF, o tema continuou gerando discussões entre os torcedores. Para alguns, a possibilidade de introduzir o vermelho — cor marcante em outras seleções, como Espanha e Bélgica — seria uma maneira interessante de modernizar a identidade visual da equipe brasileira.
Outros, no entanto, defenderam a preservação das cores históricas como parte fundamental da imagem da seleção pentacampeã. “A camisa amarela representa muito mais do que futebol. Ela é símbolo de identidade nacional”, escreveu um internauta.
Apesar das divergências, a nota oficial da CBF traz um ponto de consenso: a camisa da seleção brasileira ainda é, e deve continuar sendo, reflexo de sua história e de sua representação institucional.
Expectativa para o lançamento oficial
Com a confirmação de que os novos uniformes só serão revelados em junho de 2026, a expectativa dos torcedores deve permanecer alta nos próximos meses. O anúncio deve ocorrer próximo ao início da preparação para o Mundial da FIFA, que será disputado em três países: Estados Unidos, Canadá e México.
Enquanto isso, a atual comissão técnica e a diretoria da CBF seguem focadas na montagem do elenco e no calendário de amistosos e competições oficiais, visando chegar à Copa em condições competitivas.
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