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Partida entre Colo-Colo e Fortaleza é cancelada após invasão de campo e mortes de torcedores no Chile

Confronto válido pela Libertadores termina sem gols após tragédia fora do estádio e confusão dentro do gramado

11/04/2025 às 12h29 Atualizada em 13/04/2025 às 21h37
Por: Rodrigo Ferreira
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Torcedores do Colo-Colo invadiram gramado e partida diante do Fortaleza foi suspensa | Foto: Imago
Torcedores do Colo-Colo invadiram gramado e partida diante do Fortaleza foi suspensa | Foto: Imago

O jogo entre Colo-Colo e Fortaleza, válido pela segunda rodada da fase de grupos da Conmebol Libertadores, foi cancelado nesta quinta-feira (10) após cenas de violência e uma tragédia fora do Estádio Monumental, em Santiago. A partida foi interrompida aos 24 minutos do segundo tempo, após invasão de torcedores do time chileno. Do lado de fora, dois jovens torcedores do Colo-Colo, de 13 e 18 anos, morreram atropelados por uma viatura da polícia local.

O clima de tensão escalou rapidamente, resultando em caos nas arquibancadas e dentro de campo, além de dezenas de detenções e feridos. A Conmebol ainda não definiu se os minutos restantes do confronto serão remarcados ou se o caso será resolvido no âmbito jurídico.

Tragédia nas imediações do estádio

Antes mesmo do apito inicial, o ambiente em torno do Estádio Monumental já era de instabilidade. De acordo com o jornal chileno La Tercera, a confusão começou com um tumulto na entrada do estádio. Na tentativa de dispersar os torcedores, uma viatura da polícia atropelou dois jovens, que não resistiram aos ferimentos.

As vítimas tinham apenas 13 e 18 anos, e as circunstâncias do atropelamento ainda estão sendo investigadas. A tragédia provocou revolta de parte da torcida do Colo-Colo, que reagiu com violência e tentativas de invasão ao estádio.

Nota oficial da Conmebol

Em comunicado divulgado durante a noite, a Conmebol lamentou as mortes e prestou solidariedade às famílias dos torcedores falecidos:

“A CONMEBOL lamenta profundamente o falecimento de dois torcedores nas imediações do Estádio Monumental antes do início da partida entre Colo Colo e Fortaleza Esporte Clube. Expressamos nossas mais sinceras condolências às suas famílias e seres queridos. Estamos juntos neste momento difícil.”

A entidade, no entanto, não esclareceu os próximos passos relacionados ao andamento do jogo.

Domínio chileno antes da interrupção

Com bola rolando, o Colo-Colo era amplamente superior. No primeiro tempo, os donos da casa acumularam mais posse de bola e finalizaram oito vezes contra o gol defendido por João Ricardo, que fez ao menos duas defesas importantes. O Fortaleza, por sua vez, não conseguiu encaixar jogadas ofensivas e pouco incomodou o adversário.

Na segunda etapa, o cenário se manteve. O técnico Vojvoda tentou mudar o panorama com as entradas de Deyverson e Moisés, mas a pressão da torcida e os acontecimentos fora do campo pareciam ter impactado emocionalmente o elenco. Aos 24 minutos, torcedores do Colo-Colo quebraram o vidro de proteção e invadiram o campo, forçando a paralisação da partida.

Paralisação, confusão e cancelamento

Após mais de uma hora de paralisação, a arbitragem e representantes da Conmebol decidiram cancelar a partida, alegando falta de segurança para atletas, comissões técnicas e torcedores. A decisão foi tomada em conjunto com representantes dos clubes, autoridades locais e a própria organização do torneio.

A incerteza agora gira em torno do desfecho: se o jogo será retomado apenas para os 20 minutos finais ou se um veredito será dado nos bastidores da Conmebol.

Consequências e possíveis punições

O incidente pode trazer implicações sérias ao Colo-Colo, tanto esportivas quanto disciplinares. A Conmebol tem um histórico de punições severas a clubes cujas torcidas causam distúrbios que afetam diretamente o andamento das partidas. Sanções podem incluir perda de mando de campo, jogos com portões fechados, multas e até mesmo a perda de pontos, dependendo da avaliação do tribunal disciplinar da entidade.

Repercussão internacional

A tragédia e a violência registrada no Estádio Monumental repercutiram rapidamente na imprensa internacional. Veículos de países como Argentina, Colômbia e Brasil destacaram a gravidade da situação e a crescente preocupação com a segurança em partidas da Libertadores.

A torcida do Fortaleza, que viajou ao Chile para apoiar o time, foi retirada em segurança do estádio e escoltada até pontos de transporte.

E agora?

Ainda não há uma data definida para retomada ou nova disputa da partida entre Colo-Colo e Fortaleza. A Conmebol prometeu analisar cuidadosamente os relatórios da arbitragem, da organização do evento e da segurança pública antes de tomar uma decisão.

Enquanto isso, ambos os clubes aguardam orientações. O Fortaleza volta a campo no dia 23 de abril, contra o Boca Juniors, em casa, enquanto o Colo-Colo enfrenta o Nacional, no Uruguai, no dia 24.

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